O Princípio
Os estudiosos consideram que a voz foi o primeiro instrumento musical
surgido. Seguindo esse raciocínio poderemos considerar os instrumentos
percussivos, os primeiros instrumentos criados pela humanidade, uma vez que,
batendo seus bastões ou os próprios pés no chão ou em pedras e madeiras, os
homens da Antigüidade já marcavam o ritmo para as danças e cerimônias religiosas
e até se comunicavam por esse meio. Os primeiros tambores provavelmente
consistiam em um pedaço de tronco de árvore oco (furado). Estes troncos eram
cobertos nas bordas com a pele de algum réptil ou couro de peixe e eram
percutidos com as mãos.
Os tambores mais antigos descobertos em escavações arqueológicas pertencem ao
período Neolítico. Um tambor encontrado numa escavação da Moravia foi datado de
6000 anos antes de Cristo. Na Mesopotâmia foram encontrados pequenos tambores
(tocados tanto verticalmente quanto horizontalmente) datados de 3000 anos antes
de Cristo. Tambores com peles esticadas foram descobertos dentre os artefatos
Egípcios, de 4000 anos antes de Cristo. A diversidade de instrumentos
percussivos é quase incontável: são bongôs, tímpanos, tamborins, pandeiros,
congas, entre outros.
No começo dos anos 1900, bandas e orquestras tinham de dois a três
percussionistas cada. Um tocava o bumbo, outro tocava a caixa e o outro tocava
os blocos de madeira e fazia os efeitos sonoros. Mas com a invenção do pedal
todas essas pessoas se tornaram desnecessárias.
O primeiro pedal prático foi inventado em 1910 por, Willian F. Ludwig, que
criou o primeiro modelo de madeira e logo depois, com o aumento da procura,
passou a desenvolver junto com seu cunhado, Robert Danly, o modelo do pedal em
aço que foi vendido para milhares de bateristas e serviu de base para criação
dos modelos mais avançados que temos hoje.
Outra invenção aparentemente simples que possibilitou o surgimento da bateria
foi a estante para caixa, que antes os bateristas usavam cadeiras para apoiá-las
ou dependurava nos ombros com uso de correias.
Uma vez que pedais e suportes para caixas práticos se tornaram disponíveis,
um único baterista poderia executar o trabalho antes feito por três. E assim
nasceu a bateria ? ou “trap set” como foi chamada inicialmente.
Hoje, em evolução constante, a bateria recebe cada vez mais atenção de
fábricas e engenheiros, que pesquisam junto aos bateristas para desenvolver o
melhor modelo de cascos, baquetas, ferragens e pratos. As inúmeras fábricas
crescem a cada dia no mundo e no Brasil e nós como admiradores desse instrumento
devemos estar atualizados com essa evolução, buscando a cada dia conhecer mais o
instrumento.
Constituição
Não existe um padrão exato sobre como deve ser montado o conjunto dos
elementos de uma bateria, sendo que, o estilo musical é por muitos, indicado
como uma das maiores influências perante o baterista no que respeita à
disposição dos elementos, sendo que, a preferência pessoal do músico ou as suas
condições financeiras ou logísticas.
A adição de tom-tons, vários pratos, pandeirolas, gongos, blocos de madeira,
canecas, (pads) eletrônicos devidamente ligadas a samplers, ou qualquer outro
acessório de percussão (ou não) podem também fazer parte de algumas baterias, de
forma a serem produzidos diversos sons que se encontrem mais de acordo com o
gosto pessoal dos músicos.
Alguns bateristas, tais como Neil Peart, Mike Portnoy ou Terry Bozzio,
elaboraram conjuntos de bateria fora do normal, utilizando-se de diversos
elementos, tais como roton-tons, gongos ou tom-tons afinados em correspondência
com notas musicais, possibilitando ao baterista, para além da execução rítmica,
contribuir melodicamente para a música. A década de 80 foi prolífica no
surgimento destes conjuntos fora do normal, apreciados pelos amantes da bateria,
um pouco por todo o mundo.
Hoje em dia, o aparecimento de novas técnicas e maneiras de encarar o
instrumento, permite com que ele continue em evolução e exija cada vez mais
dedicação por parte de seus praticantes.
Fonte: www.batera.com.br
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